Assuntos debatidos: A partir do livro "Nietzsche e Deleuze: Intensidade e Paixão" de Daniel Lins (Org.), selecionamos o artigo "Para Além da Dialética: O Anti-Hegelianismo de Nietzsche e Deleuze" de Roberto Charles F. de Oliveira.
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Presentes: Jorge, Pati.
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20 de ago. de 2008
Encontro Doze e Meio - Dia 15/08/08
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8 de ago. de 2008
Encontro Doze - Dia 07/08/08
Assuntos debatidos: Resumidamente, em forma de tópicos, pode-se dizer que começamos com o texto de Veríssimo "O Verdadeiro Você". A frase que acabou sendo a mais referenciada foi "O Controle é o disfarce". Esse texto de Veríssimo diz, resumidamente, o seguinte: nós, homens (sexo masculino), só descobrimos quem somos ou na frente dum cano de uma arma ou quando apaixonados, na frente de uma mulher na qual investimos amor. Aí, nessa situação, o controle, que é o disfarce, cai e somos revelados ao nosso verdadeiro eu, um eu que, muito repetidamente, é algo como covarde e instável. O homem controlado é um homem disfarçado. Mas, o que pode ser percebido, uma perspectiva adotada pra leitura desse texto, é justamente que Veríssimo usa um recurso muito válido em determinada situação, nega radicalmente um Eu em busca de outro, o que faz questão de permanecer escondido em algum canto de nossa subjetividade - isso, além da ironia! Parece válido na medida que a perspectiva abraçada é sempre, repetidamente, a do Eu-Controladado-Controlador e nunca, jamais, a desse Eu-instável. Bom, resumidamente, o eu-multiplicidade, o eus, é que valeu mais a pena considerar. Tanto a figura controladora, quanto a escondida que vem à mostra. Outro ponto importante foram as noções do discurso neurótico, da compulsão à repetição, não necessariamente nesses termos, mas, resumidamente, em slogans, foram citadas mais ou menos assim. O conceito chamado à roda foi o de Ritornelo - a trabalhar em um próximo texto. Começamos levemente e delicadamente, a partir desse assunto de "montar um tipo de maquinismo duro e continuar a agenciar sempre a mesma repetição, ser sempre o mesmo", devir-outra-coisa. Lemos, aí, o texto "DEVIR", do Platô 4. O texto sobre o Corpo-Sem-Órgãos se agencia ao de Devir, na medida que em que devém o que desterritorializa-se duma linha dura.
.Local deste encontro: Concentração na frente do CFCH, banquinhos brancos e migração ao segundo andar do CFCH, próximo ao D.A. de Psicologia.
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Presentes: Jorge e Taci.
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Texto e proposta para o próximo encontro: "Terminar" com o ensaio "Como criar para si um corpo sem órgãos" e adentrar ao de "Devir", do Mil Platôs Vol. 4.
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Data, hora e local do próximo encontro: Quinta-feira (21/08) às 14h, nos banquinhos brancos na frente do CFCH (UFPE).
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Veríssimo
4 de ago. de 2008
Encontro Onze - Dia 31/07/08
Assuntos debatidos: Encontro baseado (num leve direcionamento) no "Como criar para si um corpo sem órgãos" que se encontra no Vol. 3 do Mil Platôs. Lidamos com o texto ele mesmo. Apresentando em slogans, falou-se da noção de Identidade e de CsO. Da abertura necessária para se fazer circular um fluxo qualquer, uma intensidade, dentro dum terreno - momentaneamente - não - tão - estratificado, ou seja, não ficar abraçado fortemente com o EU inventariado e fazer o que circula no agenciamento do desejo não ser perversamente barrado. Como, por exemplo, o orgasmo, o prazer-descarga que vem para re-acharmo-nos em meio ao afogamento da identidade, da noção de eu-consciência, que se sentiria num momento de intensidade alta duma prática (CsO) como, por exemplo, algo estimulante como o sexo. Ponto importante para a leitura do texto, a noção de DOSES. A pergunta que Deleuze e Guattari lançam: Que aconteceu com esses corpos, esses corpos lúgrubes, vazios? A questão é que seriam recomendadas DOSES de prudência, de experimentação. Há que se ter delicadeza nessa armação. Algo como uma linha de fuga estúpida, rápida, radical, trás o desespero e a morte, a catatonia. Há recomendação numa página: Não interprete nunca! Há, na outra página, essa noção chave de DOSES de interpretação. Nunca se chega ao não-estratificado, ao espaço liso. Voltamos rapidamente, como quem foge - com uma arma na mão (Fitzgerard) - ao texto do Rizoma. Podemos ver ilustrada a noção de Identidade e essa noção de DOSES e de delicadeza, há algo mais ou menos assim: Não chegar ao ponto que não se diz mais EU, mas ao ponto que não tem qualquer importância dizer ou não EU. Pode-se ver que a oportunidade pra um Zigue-zague dentro da noção de um Eu-Inventariado é forte. Vai-se para longe ou diz-se EU, não importa. Há algo como uma liberdade dentro dessa prática de habitar o mundo das identidades, sabe, não deve-se ligar muito pra isso. Essa é a delicadeza da DOSE, de poder-se fazer esse CsO, ir lá, desejar com doses de não-identidade, de livrar-se da organização dos órgãos, com delicadeza, com uma lima muito fina, não com um martelo. Contradiz pontos do Anti-Édipo? Onde está a radicalidade da "raspagem do Inconsciente"? Mas é isso, com muita ironia e com muitas armadilhas mais, como o próprio Foucault já avisa no prefácio da ed. americana de Anti-Édipo - citado milhões de vezes aqui N'A Beira -, Deleuze e Guattari vão brincando e fazendo rir. E desafiando, sem dúvida.
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Importante: Em breve postaremos aqui no BLOG A BEIRA alguns pontos sobre o conceito de Corpo-sem-Órgãos.
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Local deste encontro: No Paço Alfândega, Recife Antigo.
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Presentes: Jorge, Pedro, Taci e, por último, praticamente só pra se despedir... Patrícia.
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Texto e proposta para o próximo encontro: Continuar com o ensaio "Como criar para si um corpo sem órgãos".
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Data, hora e local do próximo encontro: De volta à Federal! Quinta-feira, dia 07/07/08 às 14h20, nos banquinhos brancos na frente do CFCH (UFPE).
.Encontro Dez - Dia 23/07/08
Assuntos debatidos: Encontro baseado (um leve direcionamento) no "Como criar para si um corpo sem órgãos" que se encontra no Vol. 3 do Mil Platôs. Apresentando em slogans, o que apareceu foi a noção de Ética, de Verdade. Dentro da perspectiva da Esquizoanálise, sugerida por Deleuze & Guattari, há sim uma noção de Verdade. Como Foucault trás no prefácio da edição americana de O Anti-Édipo, pode ser encontrada uma Ética. Como Silvio Gallo trouxe, uma Ética, uma Política. Na perspectiva do próprio Guattari, uma micropolítica. Há uma frase chave, algo mais ou menos assim, um exemplo de um militante, extremamente instigado na sua política libertária e, em casa, com sua família, é como se fosse um fascista. Há uma crítica a isso. Há sim um discurso assumido como melhor. Barenblitt chama a esquizoanálise de um "neopragmatismo". Dentro de perspectivas, qual, eticamente, seria a melhor? Essa pergunta é chave pra entender qualquer proposta que Deleuze e Guattari trazem. Como os próprios disseram, há construção de conceitos para lidar com problemas novos. A perspectiva é construcionista, não descobre-se essencialismos numa natureza que se dá a conhecer. Nós construimos conceitos. Além dessa discussão, consultamos "Conversações" de Deleuze. Um bom livro, cheio de entrevistas. A parte consultada foi a entrevista sobre O Anti-Édipo (com Guattari) e a entrevista sobre o Mil Platôs. Fomos a esse texto para ajudar em questões que foram aparecendo ainda sobre a noção de Ética e de Verdade. Pra quem é a Esquizoanálise? "Análise para militantes", esclarecendo, aconteceria onde há um terreno mínimo de não-apatia política. Fomos ao texto de "Corpo-sem-Órgãos" discutindo alguns pontos do início.
.Importante: Em breve postaremos aqui no BLOG A BEIRA alguns pontos sobre o conceito de Corpo-sem-Órgãos.
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Local deste encontro: No Paço Alfândega, Recife Antigo.
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Presentes: Jorge, Pedro.
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Texto e proposta para o próximo encontro: Continuar com o ensaio "Como criar para si um corpo sem órgãos".
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Data, hora e local do próximo encontro: Na quinta-feira, dia 31/07/08 às 15h, no Paço Alfândega, praça de alimentação, nas mesinhas em frente ao Cuba do Capibaribe.
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