31 de mai. de 2008

Encontro Oito - Dia 22/05/08

Assuntos debatidos: Detalhamos o capítulo "O Rizoma" de "Mil Platôs, Vol. 1". Não chegamos ao final ainda, as discussões são rizomáticas, não houve ainda a postura hierárquica de começo-meio-fim. Partimos também para seções variadas do livro de Baremblitt "Introdução à Esquizoanálise", com ênfase no capítulo "Intr. à Esquizoanálise (apontamento N. 2)". Nestes textos, puxamos todos os aspectos envolvidos.
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Local deste encontro: Aconteceu na ante-sala da Biblioteca do Centro de Educação, cadeiras verdes.
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Presentes: Jorge, Pedro.
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Texto e proposta para o próximo encontro: Ainda não terminamos "O Rizoma", portanto, provavelmente o próximo encontro será o último que trabalha objetivamente este texto. Estamos sempre utilizando o livro (já citado) de Baremblitt - como um todo. O próximo encontro, marcado para o dia 29/05/08 não aconteceu devido à loucuras acadêmicas (o ritmo apertado de final de período). Ainda vamos decidir em que dia exatamente acontecerá a próxima reunião.
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Hora e local do próximo encontro: Às 14h nos banquinhos brancos na frente do Centro de Filosofia e CIências Humanas (CFCH).
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15 de mai. de 2008

Encontro Sete - Dia 15/05/08

Assuntos debatidos: Houve discussão sobre o Inconsciente e o porquê de se manter o Inconsciente, a noção de "auto-sabotagem", cachorros, processos da lógica, identidade, disjunção, terceiro excluído, Rizoma, Maio de 68. Seria o "último" encontro sobre o texto "Rizoma", do Vol. 1 de "Mil Platôs", mas deixamo-lo para o próximo encontro, a ser realizado dia 22/05/08.
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Texto e proposta para o próximo encontro: O próximo encontro acontecerá dia 22/05/08 e propomos a discussão e o "fechamento" do texto "Rizoma". Mais coisas, combinaremos em breve.
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Local: Na frente do CFCH e na frente da Biblioteca.
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Presentes: Jorge, Leonardo, Pedro e Taci.
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14 de mai. de 2008

Local de Encontro

Em dias de Sol, nos encontramos na frente do CFCH (UFPE), nos banquinhos brancos. Em dias de Chuva dentro do CFCH, na frente da Biblioteca (e em dias sem Sol e sem Chuva?).
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Estamos nos reunindo sempre a partir das 14h. Esperamos até às 14h20, após isso, nos encaminharemos (ou não) para um local escolhido a fim de dar início à reunião propriamente dita - que geralmente já começou...
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Encontro Seis - Dia 08/05/08

Assuntos debatidos: Fizemos discussão sobre clínica, política, Presidente Schreber, nazi-fascismo, possibilidades de clínica esquizoanalítica, debates sobre ética possível, neutralidade [in]possível. Lemos trechos de "O Anti-Édipo", notadamente da última parte do livro, sobre Esquizoanálise. Lemos também o Prefácio de Suely Rolnik ao livro "Revolução Molecular" de Guattari. Seria o "último" encontro sobre o texto "Rizoma", do Vol. 1 de "Mil Platôs", mas deixamo-lo para o próximo encontro, a ser realizado dia 15/05/08. Clarificamos algumas coisas sobre os temas citados, porém necessariamente não se concluiu objetivamente nada - nenhuma Gestalt fechada!
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Texto e proposta para o próximo encontro: O próximo encontro acontecerá dia 15/05/08 e propomos a discussão e o "fechamento" do texto "Rizoma". Também faremos a leitura do capítulo "Intr. à Esquizoanálise (apontamento N. 2)" do livro "Intr. à Esquizoanálise" de Baremblitt, que trata também do conceito de Rizoma. E o que mais surgir, também abordaremos.
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Local: Banquinhos brancos na frente do CFCH e última parte do encontro no restaurante "Toca da Joaninha".
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Presentes: Jorge, Pedro, Érika.

Fascismo Microscópico

"A luta contra o fascismo 'microscópico' - aquele que se instaura no seio das máquinas desejantes - não poderia se dar através de 'delegados', de 'representantes', de blocos definitivamente identificados. O 'inimigo' varia de rosto: pode ser o aliado, o camarada, o responsável ou si próprio. Nunca pode-se estar seguro de que não se vá resvalar a qualquer momento para uma política burocrática ou de prestígio, uma interpretação paranóica, uma cumplicidade inconsciente com os poderes vigentes ou uma interiorização da repressão."
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Trecho do texto "As Lutas do Desejo e a Psicanálise" de Guattari. Disponível no livro "Revolução Molecular". Em breve vamos disponibilizá-lo [o livro] em pdf.
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A Escuta Capital

"O problema não é pois que o psicanalista tenha idéias mais ou menos falsas, mas sim que sua prática reproduz a essência da subjetividade burguesa [mais espaço de subjetivação dentro da lógica (hegemônica) capitalista]. Um senhor que fica em sua poltrona escultando o que você diz, mas que toma uma distância sistemática em relação àquilo que você está falando, não tem absolutamente necessidade de procurar impor suas idéias: ele cria uma relação de força que arrasta os investimentos de desejo para fora do campo social. (...) Profissões de enquadramento social."
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Trecho do texto "As Lutas do Desejo e a Psicanálise" de Guattari. Disponível no livro "Revolução Molecular". Em breve vamos disponibilizá-lo [o livro] em pdf.
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7 de mai. de 2008

Sobre Félix Guattari

Texto extraído do "Dicionário de Psicanálise" publicado por Elisabeth Roudinesco e Michel Plon. Coloquei alguns comentários entre colchetes por entender que certos comentários são achados em outras fontes de forma diferenciada e, que outros ainda, reduzem ou fecham certa passagem.
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"Nascido em Villeneuve-les-Sablons, [foi, por aproximadamente 7 anos,] membro da École Freudienne de Paris e analisado por Jacques Lacan. Félix Guattari pertencia à quarta geração psicanalítica francesa. Engajado na esquerda, militante anticolonialista, principalmente durante a guerra da Argélia, fundador da revista Recherches e de diversas associações de contestação da ordem psiquiátrica oficial, ecologista e grande viajante a serviço de todas as formas de tolerância, combateu durante muitos anos pelos mais belos valores do engajamento libertário no coração do lacanismo dos anos 1970 [não somente combateu pelos mais belos valores no coração do lacanismo.], já ameaçado de dogmatismo [poderíamos estar dizendo que a formulação de Lacan e o "lacanismo", que surge quase imediatamente ao seu redor (não só em 1970), são, em essência, "dogmáticos".]. Psicólogo de formação [segundo Baremblicht Guattari não fez formação tradicional. Foi, isso sim, psicanalista.], participou da história do movimento psicanalítico de três maneiras: como psicanalista lacaniano, como terapeuta ligado à experiência da psicoterapia institucional realizada na Clínica de La Borde, em Cour-Cheverny, sob a direção Jean Oury, e enfim como co-autor de várias obras escritas com o filósofo Gilles Deleuze, entre as quais O anti-Édipo, que foi, em 1972, o verdadeiro manifesto de uma antipsiquiatria à francesa [mas não só.] e teve um estrondoso sucesso.
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Os dois autores criticavam o edipianismo freudiano que, em sua opinião, encerrava a libido plural da loucura em um quadro excessivamente estreito, de tipo familiar. Para sair desse impasse "estrutural", eles se propunham a traduzir a polivalência do desejo humano em uma conceitualidade adequada. Daí a idéia de opor à psicanálise freudiana e lacaniana, articulada em torno da prioridade do Édipo e do significante, uma psiquiatria materialista [só? não.] fundada na "esquizo-análise", isto é, na possível liberação dos fluxos desejantes. Nascido de um ensino oral dado por Gilles Deleuze na Universidade de Paris-VII e de uma escrita a dois, O anti-Édipo tomava assim como algo maior o conformismo psicanalítico de todas as tendências, anunciando com vigor um esgotamento trágico do lacanismo dos últimos tempos [não só dos últimos tempos, mas também.]."
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