29 de abr. de 2008

Encontro Cinco - Dia 24/04/08

Assuntos debatidos: Estivemos na etapa light do "zigue-zague" discursivo. Lemos os artigos da revista Cult n. 108. Principalmente o de Suely Rolnik chamado "Deleuze Esquizoanalista". Houveram fluxos de histórias biográficas, seguindo a "sugestão" da própria Rolnik.
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Texto e proposta para o próximo encontro: O próximo encontro, dia 01/05/08 foi cancelado, pois é feriado! Vamos nos encontrar dia 08/05/08 para discutir o texto "Rizoma", de Deleuze & Guattari (Mil Platôs, Vol. 1), já iniciado.
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Presentes: Jorge, Pedro, Taciana.
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23 de abr. de 2008

Textos Lidos ou em Processamento de Leitura:

  • Artigos publicados na Cult, n. 108;
  • "Rizoma" de Deleuze & Guattari, Mil Platôs, Vol. 1;
  • Post "Uma Propedêutica Esquizoanalítica" deste Blog;
  • "Introdução à vida não fascista" de Foucault;
  • Letra "D" de "O Abcdário de Deleuze";

"Introdução à Esquizoanálise" de Gregorio Baremblitt

Conseguimos um livro didático e bem referenciado de introdução à Esquizoanálise. Quem se interessar, podemos estar providenciando as cópias. Enviem o velho e bom e-mail de contato.
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Mais informações:
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22 de abr. de 2008

O Zigue-zague das Discussões!

A partir do que foi debatido na última reunião...
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De quinze em quinze dias vamos discutir um texto de Deleuze & Guattari. E de quinze em quinze dias, ziguezagueando com esses textos deles, estaremos discutindo outros textos mais leves-fáceis. Por exemplo, artigos de revistas, os slides de um curso, assistindo o vídeo do Abcdário ou discutindo suas transcrições...

Encontro Quatro - Dia 17/04/08

Assuntos debatidos: Lemos o início do texto "Rizoma" e tentamos articular com outras disciplinas, para fins didáticos, como a psicanálise. Passamos pela leitura de alguns conceitos listados no Post "Propedêutica Esquizoanalítica", deste Blog.
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Texto e proposta para o próximo encontro: Para o dia 01/05/08 (quinze dias depois deste encontro) continuaremos com "Rizoma", de Deleuze e Guattari, Mil Platôs vol. 1. Para o dia 24/04/08 discutiremos os artigos da revista Cult, disponíveis na Xérox Amarela atrás do CFCH, na pasta de nome Esquizoanálise/ A Beira.
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Presentes: Clebis, Jorge, Pedro, Sandro, Taciana.
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17 de abr. de 2008

Objetivos do Grupo de Estudos A Beira

Macro Objetivos do Grupo [Noções sem Peso Contratual!]
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Fazer um estudo das obras de Deleuze & Guattari e de alguns outros autores, dando ênfase aos estudos sobre Esquizoanálise ou estudos que apóiem esta matéria. Traçar panoramas atuais da Esquizoanálise no Mundo e no Brasil. Produzir pensamentos sobre práticas possíveis no nosso espaço-habitat. Debater e criar conteúdos.
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16 de abr. de 2008

"Para Ler Deleuze": Slides do Curso de Extensão

O pessoal do curso de extensão realizado no Instituto R. Brennand enviou o material (os slides) para nós. Quem se interessar, favor se comunicar conosco na forma de um e-mail para o grupo de estudos!
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Os slides foram boas ajudas no curso ministrado por Sílvio Gallo, porém não contemplam todo o conteúdo. O vídeo do curso sairá para nós em breve!
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PS: OS SLIDES SERÃO DISPONIBILIZADOS A QUEM SE INTERESSAR (entrar em contato por email); JÁ O VÍDEO DO CURSO DE EXTENSÃO, NÃO FOI LIBERADO. O VÍDEO DE DELEUZE FOI vendido. NOS RECUSAMOS A COMPRAR ALGO QUE ESTÁ DISPONIBILIZADO NA INTERNET: VAMOS À CAÇA.
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Contato: esquizo.abeira@gmail.com
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4 de abr. de 2008

Uma Propedêutica Esquizoanalítica (pseudo-didatismo x violência conceitual)

Acho interessante, na medida em que o estudo que o grupo empreenderá é introdutório, estabelecer alguns conceitos e palavras que vem à memória. Essas definições não-definitivas, grosseiras, devem ser usadas de modo cuidadoso, pois se mostram aprisionantes da abertura dos conceitos propostos por Deleuze e Guattari. Devem servir de ferramentas de leitura. Somente.
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[aos poucos vamos estar listando os conceitos e "definindo-os"...]
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* Esquizo: Corte, fenda - produzido por cisão. Quebra.
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* Esquizoanálise: Linhas importadas da Cult, n. 108, do ensaio de Suely Rolnik: "Esquizoanálise é o nome que Deleuze e Guattari deram 'a vertente clínica de sua teoria do desejo. (...) A esquizoanálise inspira-se nas pesquisas sobre a psicose; ela se recusa a rebater o desejo sobre os sistemas personológicos para enfatizar sua natureza produtiva e criadora, inscrita no campo social e cultural e responsável por suas metamorfoses. (...) A esquizoanálise [também] está presente no exercício clínico e teórico de psicoterapeutas de diversas correntes." Ela continua e diz ainda que a esquizoanálise funciona também como uma espécie de chamado 'a dimensão crítica da clínica. Porém até onde entendemos, não se deve querer "reduzir" a Esquizoanálise 'a mera ferramenta crítica de uma ou outra prática clínica ou pedagógica. Antes, é uma região de conhecimento onde há sobretudo produção de novas conceituações. Por isto deve-se, se houver interesse, ser estudada com certa independência de outros saberes, até, pelo menos, o sujeito poder transitar na Esquizoanálise com certa autonomia, a fim de não produzir-se um estudo nesta matéria de forma neurótico-crítica: olhando pras formulações Esquizoanalíticas e olhando de volta pras formulações Psicanalĩticas, por exemplo, evitando assim, produzir um saber somente paralelo, cheio de formulações críticas - e só!
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* Inconsciente Maquínico/ Esquizoanalítico: Guattari trás, num ensaio chamado "O Inconsciente Maquínico e a Revolução Molecular", um texto muito acessível e "pré-definições" bastante simples de o que seria o Inconsciente Maquínico: "Um campo ao qual cada um poderia ter acesso tranquilamente e sem preparo especial, um território aberto de todos os lados 'as interações sociais e econômicas, diretamente ligado às grandes correntes históricas e, portanto, não exclusivamente centrado nas disputas de família dos heróis trágicos da Antiguidade grega. (...) O Inconsciente (...) é constantemente manipulado pelos meios de comunicação, pelos Equipamentos Coletivos, pelos especialistas de todo tipo, que não podemos mais nos contentar hoje em definí-lo simplesmente em termos de entidade intrapsíquica, como fazia Freud na época em que elaborou suas diferentes tópicas. (...) Existem outras possibilidades de funcionamento [do Inconsciente] e cabe a um novo tipo de análise descobri-las e promovê-las. (...) [O Inconsciente Maquínico está] aberto a todos os possíveis. (...) O Inconsciente esquizoanalítico faz proliferar todo um conjunto de máquinas desejantes. (...) Multidão de objetos singulares, hererogêneos uns em relação aos outros, articulando-se em constelações funcionais nunca redutíveis a complexos universais. (...) Não é sede exclusiva de conteúdos representativos, mas o lugar de interação entre componentes ssemióticos e sistemas de intensidade os mais diversos. (...) Não se presta a procedimentos analíticos reducionistas, do tipo Complexo de Castração, Complexo de Édipo. (...) O Inconsciente pode voltar-se para o passado e retrair-se no imaginário, mas pode igualmente abrir-se para o aqui e agora, ter escolha em relação ao futuro. (...) O Inconsciente maquínico, evidentemente, não é o mesmo em todo o mundo. (...) A análise pode ser um empreendimento individual ou coletivo. (...) O que importa, agora, não são entidades polarizadas, reificadas, mas processos maquínicos que, juntamente com Deleuze, denomino "Devir" (...) O Inconsciente maquínico nos faz transitar pelos platôs de intensidade constituídos por esses devires, nos permite penetrar em universos tranformacionais, quando tudo parecia estratificado [observar que este conceito também está listado aqui neste Post] e definitivamente cristalizado. (...) O Inconsciente (...) é um nó de interações maquínicas através do qual somos articulados a todos os sistemas de potência e a todas as formações de poder que nos cercam. Os processos inconscientes não podem ser analisados em termos de conteúdo específico, ou em termos de sintaxe estrutural, mas antes de mais nada em termos de enunciação, de agenciamentos coletivos de enunciação." Na primeira parte, especificamente, de "O Anti-Édipo", Deleuze & Guattari trabalham bastante a noção de Inconsciente Maquínico. Além de algumas obras de Guattari, tais como alguns outros ensaios de "Revolução Molecular: Pulsações Políticas do Desejo" e alguns capítulos de "O Inconsciente Maquínico: Ensaios de Esquizoanálise".
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* Desejo: Ler, 'a princípio, a letra "D" de "O Abcdário de Deleuze", disponível aqui no Blog e na internet também. O Desejo não é nunca entendido como funcionando a partir de uma falta fundamental, num sentido praticamente metafísico, como na Psicanálise. Desejo também não está ligado 'a nenhuma Dialética. Desejar é produzir. Remete à Fábrica que é o Inconsciente. Remete também 'a criatividade, que permite a infinitude de Linhas de Fuga.
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* Estratificação: Divisão de um espaço qualquer em estratos. Deve lembrar aquela história de dividir para conquistar e melhor controlar. Foucault em "Introdução à vida não Fascista" faz menção ao movimento de Estratificação: - "Faça crescer a ação, o pensamento e os desejos por proliferação, justaposição e disjunção, mais do que por subdivisão e hierarquização piramidal;", ou seja, mais do que por Estratificação. Este conceito pode remeter ao conceito de Máquina de Estado e Máquina de Guerra, sobre estes, ler o ensaio 12 "1227 - Tratado de Nomadologia: A Máquina de Guerra", disponível no Vol. 5 de "Mil Platôs", de Deleuze & Guattari.
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* Corpo Sem Órgãos: À grosso modo, um corpo sem órgãos é uma região Lisa, não Estratificada. Não-espaço de ocupação de territorialidades. Ler "O Anti-Édipo" e o ensaio 6 "28 de Novembro de 1947 - Como Criar Para Si um Corpo Sem Órgãos" disponível no volume III de "Mil Platôs". Ambos os livros de autoria de Deleuze & Guattari.
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* Agenciamento: Conceito fundamental. De maneira breve, importo as palavras de Guattari no ensaio "O Inconsciente Maquínico e a Revolução Molecular" do livro "Revolução Molecular": "Agenciamentos Coletivos de Enunciação (...), por definição, não coincidem com as individualidades biológicas. A enunciação maquínica circunscreve conjuntos-sujeitos que atravessam ordens muito diferentes umas das outras (os signos, a "matéria", o espírito, a energia, a "mecanosfera", etc.)". Guattari amplia ainda mais a noção de agenciamento e praticamente poderia-se dizer que, assim, extingue a noção de individualidade biológica, sendo esta, também, um agenciamento. A noção radical que Guattari trás em "O Inconsciente Maquínico: Ensaios de Esquizoanálise", trás agenciamento como um processo praticamente infinito de movimentos em comunicação na forma de estratos imbricados, sendo produzidos de hormônios, digestões, do cuspe para os desejos, indo até movimentos institucionais - molares. Na letra "D" de "O Abcdário de Deleuze", Deleuze trás os termos Agenciamento Individual e Agenciamento Coletivo. A perspectiva de "individual" que trás deve ser entendida de maneira ampliada e não redutora, pois um agenciamento individual remete à formulação enunciativa de uma "entidade biológica", para usar os termos antes referidos, e agenciamento coletivo remete à diversas esferas maquínicas, para além do sujeito que fala.
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* Rizoma: Além de remeter à leitura de artigo de mesmo nome, publicado em "Mil Platôs", Vol. 1, podemos trazer uma imagem pra referenciar um conceito: Formigas são um rizoma. Baratas são um rizoma. Um grupo de ratos correndo são um rizoma. Um rizoma não pode ser cortado, não há centro. Não há pontos, somente linhas múltiplas.
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* Territorialização/ Desterritorialização: É bom entender isto objetivamente (simples): Territorializar é ocupar. Desterritorializar é livrar-se deste lugar ocupado. Estes conceitos estão ligados ao de Ritornelo, ao de Linhas de Fuga. São movimentos não-dialéticos, apesar da aparente dicotomia.
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* Linhas de Fuga: Plano, rota de fuga. Está imbricado com desterritorialização. É um caminho para um outro Ritornelo. Linhas de Fuga não devem ser tomadas só com valor positivo. Há linhas de fuga que são Linhas de Suicídio, de destruição.
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* Ritornelo: Conceito que remete à outros conceitos, tais como os de Territorialização, Desterritorialização e Linhas de Fuga. As linhas a seguir foram importadas da Cult n. 108, do ensaio de Sílvio Ferraz e Annita Costa Malufe: "O Ritornelo consiste em três aspectos: 1. escolher um eixo; 2. desenhar um domínio - território - em torno deste eixo; 3. traçar a partir deste domínio - ou território - linhas de fuga que levem a outro Ritornelo (no qual novamente será desenhado um território em torno de um eixo, do qual serão traçadas linhas de fuga, etc.)".
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* Semiótica;
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* Fascismo;
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* Máquina de Guerra;
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* Micropolítica;
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* Molar/ Molecular;
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* Devir: Vir a ser.
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3 de abr. de 2008

Encontro Três - Dia 01/03/08

Assuntos debatidos: Oficialmente, trabalhamos a letra "D" de "O Abcdário de Deleuze" e o texto "Intro. à vida não fascista" de Foucault. Houveram discussões paralelas sobre os diferentes pontos dos textos. Não houve a listagem e definição dos conceitos propostos para este encontro.
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Texto e proposta para o próximo encontro: "Rizoma" de Deleuze e Guattari, Mil Platôs vol. 1./ Listagem e definição de alguns conceitos da obra de Deleuze e Guattari.
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Presentes: Adelle, Jorge, Pedro, Sandro.
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